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Arquitetos: ROHO + TAU
- Área: 950 m²
- Ano: 2017
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Fotografias :Diana Ramírez
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Fabricantes: Hunter Douglas, Cemex, Eternit, Etex Colombia
Descrição enviada pela equipe de projeto. Zaragoza é um município localizado na sub-região de Bajo Cauca Antioquia, na Colômbia, com uma forte dependência da extração de ouro, o que torna possível a criação de um território com uma das maiores diversidades étnicas e culturais da região. Por isso, o projeto foi selecionado pelo Governo de Antioquia, em 2015, como um dos "80 parques educativos" destinado a tornar-se um lugar de encontro cultural e de aprendizagem cidadã, onde se busca, por meio da formação de edifícios públicos de pequeno porte, a contribuição no ensino das comunidades, através de processos de apropriação com critérios diferentes dos modelos educacionais convencionais.
A proposta baseia-se na necessidade do edifício de fortalecer o setor como resultado da articulação e geração de novas tensões, a partir da reconfiguração da praça existente, do projeto e da paisagem circundante.
Devido às descontinuidades apresentadas pelo bairro, a proposta propõe um reajuste da praça existente para funcionar como um eixo de distribuição entre o prédio e o entorno. Desta forma, o projeto pretende gerar um impacto urbano positivo no setor que, além de criar um ponto de encontro, propõe um pequeno teatro como local de recreação, quatro volumes que se movem harmoniosamente em direção à mata nativa seguindo a geometria da praça e, por fim, uma passarela como elemento integrador da paisagem.
O Parque Educativo utiliza formas puras que dividem cada um dos ambientes, buscando gerar no interior do edifício espaços abertos e fechados que se baseiam em uma geometria razoavelmente simples com quatro volumes de dimensões similares deslocados entre si onde os diferentes usos do projeto também são articulados e complementados.
O edifício é composto principalmente por quatro salas de aula onde vários tipos de atividades recreativas e acadêmicas são desenvolvidas para a comunidade; por outro lado, as salas de aula organizadas nos dois volumes centrais podem ser integradas ao teatro ao ar livre e assim conectar as atividades lúdicas do prédio com a praça.
Do ponto de vista bioclimático, procuramos reduzir consideravelmente a radiação solar, projetando um sistema de pele dupla reforçado com brises verticais que, de acordo com a orientação do edifício, se juntam ou separam em maior e / ou menor densidade para impedir a entrada direta de radiação solar nos diferentes espaços. Procurou-se também fazer com que o ar flua para diferentes salas através das fachadas, permitindo a ventilação cruzada entre os espaços, por meio de uma corrente de ar constante que naturalmente extrai o ar quente que é produzido no interior pela inércia térmica do próprio edifício.